Autores de G a K

G
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Autor: Genet, Jean
Título: Querelle: Amar e Matar
Editora: Publicações Europa-América

Na contracapa:
A obra de Jean Genet gira em torno do teatro do mal e da morte. O seu mundo imaginário é o reverso do nosso mundo e o nosso inferno é o seu paraíso. É nesse mundo, iluminado pela luz da sua arte e pelo lirismo da sua poesia, que Genet apresenta os seus personagens — assassinos, ladrões, prostitutas e homossexuais... –, que celebram os ritos da religião do crime: as festas do sexo, o ritual da traição ou a cerimónia do homicídio.
É nesse mundo que evolui o protagonista do extraordinário romance que ora apresentamos, Querelle, o marinheiro de Brest, nimbado pelo autor com todos os esplendores que acompanham os santos e as virgens das nossas igrejas barrocas. Com ele, Genet faz-nos assistir a toda a estranha sedução do mal, à beleza da traição, ao encanto do homicídio, vestidos com as pompas de uma transfiguração poética que dá ao mundo subterrâneo dos marginais a aura gloriosa duma procura do absoluto através dos abismos da depravação.
A obra que deu origem ao filme de R. W. Fassbinder.
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Autor: Glass, Julia
Título: Três Verões
Editora: Civilização Editora

Contracapa:
Neste romance cativante, Julia Glass descreve a vida e os amores da família McLeod durante três Verões cruciais, ao longo de uma década. Depois da morte da mulher, Paul McLeod, patriarca de uma família escocesa, e proprietário e editor reformado de um jornal, participa numa viagem guiada à Grécia. A sua partida da casa familiar, na Escócia, e aquele gesto tardio de libertação, vão obrigar Fenno, o filho mais velho, a mudar a sua vida.
Fenno protegera os seus sentimentos colocando-se em quarentena emocional durante toda a sua vida como jovem gay, em Manhattan. Quando regressa a casa para o funeral do pai, este isolamento emocional não pode ser mantido e ele é confrontado com uma escolha que o põe no centro da família e do seu futuro.

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Autor: Grimsley, Jim

Título: Boulevard
Editora: Editorial Teorema

Badana da capa:
Newell nunca pertenceu realmente à sua cidade natal – Pastel, Alabama. Desejoso de mudar compra um bilhete só de ida para Nova Orleães. Estamos em 1976 e essa agitada cidade exerce um grande fascínio com as suas promessas de luzes brilhantes, uma vida excitante e homens por toda a parte.
Newell instala-se, arranja um emprego numa livraria pornográfica e aluga um quarto no famoso Bairro Francês. A sua boa disposição, o seu excelente aspecto físico e as suas atraentes proezas num bar popular, rapidamente lhe ganham o favor da cidade e muitos amigos. Alguns são inofensivos, como Henry, um tipo atarracado que é um grande frequentador das estantes de vídeos da loja pornográfica. Outros são mais perigosos, como o constante frequentador de festas, Mark, primeiro namorado de Newell que tem uma grande inclinação pelo uso de drogas. Finalmente, Newell encontra o volúvel Jack, que lhe mostra o lado mais negro da cidade.


Título: Consolo e Alegria
Editora: Editorial Teorema

Badana da capa:
Jovem. Elegante. Rico. Médico. Rapaz de sonho, Ford Mckinney é um bom partido. A família de Ford quer que ele vá passar as férias a casa. Arranjaram-lhe uma noiva. Mas Ford também tem novidades: apaixonou-se por um administrador do hospital em que trabalha, Dan Crell.
Para complicar ainda mais as coisas, Dan e Ford vêm de extractos sociais opostos. A mãe de Dan vive numa caravana, ao lado de um cemitério, de que ela toma conta; a família de Ford vive na melhor casa da melhor rua de Savannah. A mãe de Dan conhece bem o seu filho, sabe que ele nunca há-de casar e apenas o quer ver feliz e amado. Para Ford, a simples ideia de falar da sua relação com a família parece absolutamente impossível. Ele próprio, por vezes tem dificuldade em acreditar nessa relação. Vai ser no Natal que as duas famílias irão revelar a sua verdadeira natureza.
Consolo e Alegria prova aquilo que todos nos suspeitamos: ir passar férias a casa dos pais nunca é fácil, quer se vá sozinho ou se decida levar companhia, especialmente se essa companhia for um amante gay.
Mais um excelente romance de Grimsley, no qual os dois amantes improváveis têm que reconciliar o que se espera deles com aquilo que no fundo do coração sabem ser correcto.

Título: Rapaz de Sonho
Editora: Editorial Teorema

Na badana da capa:
O primeiro amor nunca é fácil. Mas, quando um jovem como Nathan, acabado de chegar a uma pequena cidade, é vítima de abuso sexual por parte do seu pai, o primeiro amor pode ser a única forma de se salvar.
No seio de uma família disfuncional, com uma mãe doméstica e um pai alcoólico, Nathan interessa-se pelo seu colega Roy e sonha com uma vida livre do constante assédio nocturno do pai. Nathan sente-se mais seguro sabendo que Roy está na casa ao lado e ainda mais seguro quando está com ele. Ao estudarem álgebra lado a lado na cama de Nathan, uma coisa leva naturalmente à outra.
Numa pequena cidade do sul rural e profundo, cheia de preconceitos, Nathan e Roy têm que esconder o seu amor dos amigos, da igreja e da família. Mas isso é fácil para Nathan que está habituado a guardar segredos. O jovem apenas tem medo do segredo que sempre escondeu, mesmo de Roy - a terrível verdade acerca do seu pai que faz a sua vida impossível.
Ao fugir de casa uma noite com Roy, Nathan apenas tem uma certeza, a de que nunca voltará.
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H


Autor: Hollinghurst, Alan

Título: A Biblioteca da Piscina
Editora: Edições Asa

Badana da contracapa:
Londres, 1983. Aos 25 anos, o aristocrata William Beckwith é exuberantemente gay e escandalosamente sedutor.
É também egoísta, ocioso e vaidoso. Durante um engate numa casa de banho pública, o jovem salva a vida de um homem muito mais velho. Este revela ser Charles, Lord Nantwich, igualmente gay e suficientemente colunável para aparecer nos diários de Evelyn Waugh. Quando voltam a encontrar-se, Charles pede ao jovem para escrever a sua biografia e entrega-lhe os diários em que confiou o melhor e o pior da sua multifacetada e emocionante vida. É com relutância que William aceita lê-los. Mas o que vai descobrir abala a sua pose altiva, pois Charles é uma figura extraordinária e emblemática da elite homossexual inglesa. Juntas, as histórias dos dois homens compõem um retrato meticuloso e irónico da vida e da cultura gay inglesas.


Título: A Linha da Beleza
Editora: Edições ASA

Contracapa:
A vida do jovem Nick Guest muda irreversivelmente quando aceita passar uma temporada em casa de Toby, seu colega de faculdade e objecto da sua vã paixão. Oriundo de uma família da classe média, Nick vai ser iniciado então no mundo dos ricos e poderosos. Vivem-se os impetuosos anos 80, e no círculo do poder da Grã-Bretanha de Margaret Thatcher, onde a ganância é glorificada, Nick, o puro esteta, é um forasteiro, um intruso movido por algo bem diferente. Mas Nick adopta e é adoptado pela extravagante família de Toby, com quem embarca nos vícios da década: dinheiro, poder, sexo e cocaína; e a sua estadia na casa de Notting Hill parece prolongar-se indefinidamente. São tempos inebriantes e Nick rapidamente se adapta ao ritmo vertiginoso das festas e das viagens e à amoral sensação de nada lhe ser vedado. De facto, tudo parece ser possível; a decadência nunca fora tão divertida. Mas esta interminável busca da auto-satisfação tem um preço, e Nick apercebe-se demasiado tarde de que lhe vai custar tudo o que possui.
Estamos já suficientemente instalados no novo milénio para permitir que a década de 1980 se assuma como uma era histórica distinta. Neste sentido, A Linha da Beleza é um marco no que de hábitos e costumes do século XX vai ficar para a História. Enquadrado por dois processos eleitorais que reforçaram a liderança de Margaret Thatcher, foca quatro extraordinários anos de euforia, mudança e tragédia. Emocionalmente denso, desarmantemente divertido, é um trabalho de fôlego da autoria de um dos mais brilhantes escritores de língua inglesa.



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I





Autor: Isherwood, Christopher
Título: O Memorial
Editora: Edição Livros do Brasil

Badana da capa:
Christopher Isherwood foi professor de inglês em Berlim durante os anos de ascensão de Hitler ao poder.
Necessariamente influenciado pela realidade absurda e dolorosa do mundo em que então viveu, preferiu transmitir, sob forma romanceada, a que não falta um certo humor negro, o sentido da consciência política de certas épocas históricas. É o que sucede em O Memorial, cuja acção decorre na Inglaterra dos anos vinte, com duas gerações – a mãe-viúva Lily e o filho Eric – à procura da melhor forma de sobrevivência num mundo em mudança. Ela continua apegada a um passado de amor romântico e de ordem social bem definidos; o filho, porém, deseja expiar a morte do pai trabalhando para um Clube de Jovens. Nos seus caminhos cruzam-se com Edward, o melhor amigo do pai, morto na guerra, cuja pederastia é notória, e com Maurice, que, em Cambridge, se diverte com a morte.
A «enorme capacidade de sugestão estilística» do autor permiti-lhe reconstituir magistralmente uma época marcante na história do século XX.